Morreu na manhã deste domingo, (6 de abril), em João Pessoa, o cantor e compositor Antônio Barros da dupla Antônio Barros e Cecéu, sua esposa, aos 95 anos, completados no último mês de março. Antônio Barros estava internado no Hospital de Pronto Atendimento, no bairro da Torre, em João Pessoa.
Antonio Barros, tinha sofria do mal de Parkinson, uma doença degenerativa que causa diversas dificuldades, como se locomover e até mesmo ingerir alimentos. Devido a esta dificuldade para se alimentar, Antônio estava com uma bronco-aspiração.
Segundo a filha de Antônio Barros, Maira Barros, o velório do cantor e compositor ocorre neste domingo no cemitério Jardim das Acácias no bairro José Américo, na capital Paraibana.
“Falecimento de meu pai, Antônio Barros da Silva, aconteceu devido aos sintomas finais do Parkinson. O velório acontecfe neste Domingo das 13 às 17 horas, no Jardim das Acácias”, publicou a filha em suas redes sociais.
Antônio Barros nasceu em 11 de março de 1930, em Queimadas, no Agreste do estado da Paraíba. Aos 19 anos, foi trabalhar como músico tocando pandeiro na rádio Caturité, em Campina Grande.
Foi na Rainha da Borborema que ele conheceu Mary Maciel Ribeiro, a Cecéu. Ela e Antônio Barros eram casados há mais de 50 anos. Juntos, construíram um legado de mais de 700 composições.
As primeiras composições de Antonio Barros foram gravadas com Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda e Zito Borborema. Depois, ao ir para o Rio de Janeiro, as canções do paraibano passaram a ser gravadas com artistas como Luiz Gonzaga, Marinês e Trio Nordestino.
Além destes artistas, as canções de Antônio Barros foram gravadas por Ney Matogrosso, Alcione, Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Kátia de Tróia, Waldonys, Ton Oliveira, Falamansa, Gilberto Gil e Flávio José.
São composições como: “Óia eu aqui de novo, Forró do Xenhenhém, Procurando Tú, Por debaixo dos panos, Homem com H, Bate coração, É proibido cuchilar, Forró desarmado, Gente sofrida e Amor com Café".
Em junho de 2021, a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou uma lei que tornou a obra de Antônio Barros e de Cecéu como patrimônio cultural imaterial do estado.
A Lei 11.900, de autoria da então deputada Estela Bezerra, foi sancionada pelo governador João Azevêdo no dia 24 de junho daquele ano, dia de São João.
A lei considera “Patrimônio Cultural” todos os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, em conformidade com o art. 216 da Constituição Federal.
Nas redes sociais, diversos artistas lamentaram a morte do cantor e compositor paraibano. Sandro Becker, que gravou canções do paraibano, foi um deles. Em comentário no perfil de Antônio Barros e Cecéu no Instagram, Becker citou que “o meio artístico perdeu um dos maiores compositores do Brasil”. “E eu perdi, além do meu compositor, um amigo/irmão!”, disse, como observado pela reportagem.
Renata Arruda, artista paraibana, também lamentou o falecimento de Barros. “Descanse em paz com a certeza do dever mais que cumprido”, escreveu na mesma publicação.
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